quinta-feira, 18 de julho de 2013

Texto desse meu amigo carioca e lindo.


Wellington Martins

E esse querer-te que não transige, não sossega? Acabo por odiar o quanto meu corpo te amou.

Odeio o fato das suas sardas nos ombros terem enfeitiçado meus olhos, do teu cheiro ter produzido uma música que toca cruelmente todas as vezes que um corpo, que não o seu, inebria minha memória olfativa, confundindo-a na presença balsâmica enganosa, no estar sem estar. O teu cheiro.
Tento tatear lembranças, desesperado pela pele (a sua. E só a sua) que se ausenta de tocar a minha, mas instiga-lhe os sentidos, sensibilizando a epiderme dos meus desejos.

Uma vez mais. 
Numa noite infinita.
Sim, eu te quero. 
E odeio amar a vontade que você me dá.

Um comentário:

  1. Puxa, que bacana! Orgulho estar no blog de uma pessoa que não economiza felicidade como você.
    Me sinto abrigado num ambiente de luz.

    Obrigado, Lis!
    Especialmente pelo condescendente "lindo"! Haha

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