Texto desse meu amigo carioca e lindo.
Wellington Martins
Wellington Martins
E
esse querer-te que não transige, não sossega? Acabo por odiar o quanto meu
corpo te amou.
Odeio o fato das suas sardas nos ombros terem enfeitiçado meus olhos, do teu cheiro ter produzido uma música que toca cruelmente todas as vezes que um corpo, que não o seu, inebria minha memória olfativa, confundindo-a na presença balsâmica enganosa, no estar sem estar. O teu cheiro.
Tento tatear lembranças, desesperado pela pele (a sua. E só a sua) que se ausenta de tocar a minha, mas instiga-lhe os sentidos, sensibilizando a epiderme dos meus desejos.
Uma vez mais.
Numa noite infinita.
Sim, eu te quero.
E odeio amar a vontade que você me dá.
Odeio o fato das suas sardas nos ombros terem enfeitiçado meus olhos, do teu cheiro ter produzido uma música que toca cruelmente todas as vezes que um corpo, que não o seu, inebria minha memória olfativa, confundindo-a na presença balsâmica enganosa, no estar sem estar. O teu cheiro.
Tento tatear lembranças, desesperado pela pele (a sua. E só a sua) que se ausenta de tocar a minha, mas instiga-lhe os sentidos, sensibilizando a epiderme dos meus desejos.
Uma vez mais.
Numa noite infinita.
Sim, eu te quero.
E odeio amar a vontade que você me dá.